VL ZELINA um cantinho lituano em São Paulo
Rodeada em sua maioria por imigrantes lituanos, a Vila Zelina também possue em menor numero uma mistura de etnias. Este bairro é a sede brasileira da comunidade lituana, um único bairro no Brasil que respira cultura lituana e o unico bairro que tem uma igreja ( católica) construída pelos imigrantes lituanos em terreno particular que pertence a comunidade lituana catolica.
Passear pelo bairro de Vila Zelina é como se sentir em uma cidade do interior. As pessoas se cumprimentam, sabem o nome e dão notícias umas das outras. O bairro, que recebeu os primeiros imigrantes do lituanos no fim da década de 1920, comemorou 84 anos no dia 27 de outubro e a festa não foi pequena. Atividades culturais e educativas aconteceram durante todo o mês e, para fechar as comemorações, houve uma apresentação do Balé Bolshoi da Escola Bolshoi do Brasil, dos tradicionais grupos de danças e coral lituanos e de grupos de outras etnias.
(Inauguração da Igreja de Vila Zelina em 16 fev -1936)
(Inauguração da Igreja de Vila Zelina em 16 fev -1936)
HISTÓRIA DO BAIRRO
Vila Zelina
Hoje, dos que vivem por ali temos um grande número de descendentes de lituanos. Os lituanos fizeram muita história no bairro desde os primeiros anos de fundação com seus comércios, suas associações e grupos lituanos que movimentaram a religiosidade, a cultura e a arte lituanas do bairro. Por isso este bairro é então conhecido como "Bairro lituano da Cidade de São Paulo". Além dos lituanos sabemos que existem outras famílias de imigrantes como, italianos, espanhois, russos, ucranianos, japoneses, búlgaros, portugueses, húngaros e outros, além de brasileiros das mais variadas regiões do Brasil. Mas no caso são descendentes, porque a maior parte dos imigrantes que vieram já faleceu. Mas, nem por isso, eles deixam a história morrer. E foi envolta da Igreja São José inaugurada em 1936 e construída por indicativa dos imigrantes lituanos, que o bairro começou a se desenvolver, crescer e tomar forma. Ela foi construída em um terreno doado por Cláudio Soares Monteiro Filho, o mesmo que estava vendendo lotes de terreno para que os imigrantes pudessem construir sua própria casa. O nome do bairro, inclusive, é uma homenagem à filha de Cláudio, que se chamava Zelina. E algumas das casas construídas naquela época ainda estão preservadas. “Elas possuem a arquitetura típica da Lituânia, com um telhado mais inclinado e uma varanda ao lado”, conta Sandra Mikalauskas Petroff, vice-presidente da Associação Nossa Lituânia e fundadora do grupo de danças típicas Rambynas, que nos guiou em uma visita pelo bairro. Depois da construção da Igreja, os moradores passaram a ter um ponto de referência, um lugar onde se encontravam e podiam buscar informações sobre parentes e amigos que estavam na Lituânia, na época ocupada pela União Soviética. A Igreja ainda é a mesma daquela época e lá se pratica o catolicismo tradicional. Porém, alguns símbolos e imagens não são comuns de se ver em outras igrejas católicas. Logo no pátio de entrada é possível ver a Cruz Lituana, um símbolo que mistura a religião e o paganismo. “A Lituânia foi o último país da Europa a se cristianizar. Então o paganismo está embrenhado com o cristianismo. A cruz, por exemplo, ostenta 12 estrelas e algumas tulipas”, explica Sandra.
Dentro da Igreja, uma das principais imagens é a de Nossa Senhora dos Porta da Aurora, que tem o seu santuário na cidade de Vilnius capital da Lituânia, muito cultuada por lá.
Além disso, até hoje há missas celebradas em lituano que são todos os domingos as 11hrs.
Hoje, dos que vivem por ali temos um grande número de descendentes de lituanos. Os lituanos fizeram muita história no bairro desde os primeiros anos de fundação com seus comércios, suas associações e grupos lituanos que movimentaram a religiosidade, a cultura e a arte lituanas do bairro. Por isso este bairro é então conhecido como "Bairro lituano da Cidade de São Paulo". Além dos lituanos sabemos que existem outras famílias de imigrantes como, italianos, espanhois, russos, ucranianos, japoneses, búlgaros, portugueses, húngaros e outros, além de brasileiros das mais variadas regiões do Brasil. Mas no caso são descendentes, porque a maior parte dos imigrantes que vieram já faleceu. Mas, nem por isso, eles deixam a história morrer. E foi envolta da Igreja São José inaugurada em 1936 e construída por indicativa dos imigrantes lituanos, que o bairro começou a se desenvolver, crescer e tomar forma. Ela foi construída em um terreno doado por Cláudio Soares Monteiro Filho, o mesmo que estava vendendo lotes de terreno para que os imigrantes pudessem construir sua própria casa. O nome do bairro, inclusive, é uma homenagem à filha de Cláudio, que se chamava Zelina. E algumas das casas construídas naquela época ainda estão preservadas. “Elas possuem a arquitetura típica da Lituânia, com um telhado mais inclinado e uma varanda ao lado”, conta Sandra Mikalauskas Petroff, vice-presidente da Associação Nossa Lituânia e fundadora do grupo de danças típicas Rambynas, que nos guiou em uma visita pelo bairro. Depois da construção da Igreja, os moradores passaram a ter um ponto de referência, um lugar onde se encontravam e podiam buscar informações sobre parentes e amigos que estavam na Lituânia, na época ocupada pela União Soviética. A Igreja ainda é a mesma daquela época e lá se pratica o catolicismo tradicional. Porém, alguns símbolos e imagens não são comuns de se ver em outras igrejas católicas. Logo no pátio de entrada é possível ver a Cruz Lituana, um símbolo que mistura a religião e o paganismo. “A Lituânia foi o último país da Europa a se cristianizar. Então o paganismo está embrenhado com o cristianismo. A cruz, por exemplo, ostenta 12 estrelas e algumas tulipas”, explica Sandra.
Dentro da Igreja, uma das principais imagens é a de Nossa Senhora dos Porta da Aurora, que tem o seu santuário na cidade de Vilnius capital da Lituânia, muito cultuada por lá.
E quem não sabe fazer, mas quer experimentar há a possibilidade de comprar. A rotisserie Delícias Mil, comandada por Alana Trinkunas Dzigan, vende todas essas iguarias.O pão preto lituano feito no bairro, receita original de família lituana...Mas o prato típico que mais tem saída é o pão preto, um pão típico lituano que tem a receita guardada pelo padeiro Geraldo há 18 anos. Hoje ele é vendido na padaria A Praça, comandada pelo português Nelson, mas a história começou na década de 1970, com a padaria da família Kusma, que vendia o pão e ensinou todos os segredos para Francisco dos Santos, conhecido como Chico Pão Preto. Era um expert que passou os conhecimentos sobre a fermentação para Sebastião Rodrigues de Lima, 65, que de 1972 a 2007 comandou o forno na preparação do Pão Preto.
Hoje aposentado, ele acompanha de perto o trabalho de Geraldo, para quem ensinou a receita. “O segredo desse pão é a farinha, que não leva nenhum aditivo e é mais escura”, conta. “Tem ainda o fermento. A mistura que a gente faz para fermentar o pão precisa descansar cerca de 12 horas para termos um bom resultado. Então, para ter o pão pronto às 8h30 é preciso começar a fazer o azedo (fermento) às 16h do dia anterior para, às 4h30, começar a fazer o pão. E esse fermento precisa descansar na barrica de madeira, senão não dá certo”, completa.
Na padaria do seu Nelson, são feitos cerca de 50 pães por dia durante a semana; de 80 a 100 aos sábados e cerca de 200 aos domingos. Na hora de saboreá-lo, você pode escolher o acompanhamento que mais te agrada, como geleia ou manteiga, ou optar por um jeito mais parecido com o lituano que, segundo Sandra, consiste em acompanhar o pão preto com sardinha curtida.
Na padaria do seu Nelson, são feitos cerca de 50 pães por dia durante a semana; de 80 a 100 aos sábados e cerca de 200 aos domingos. Na hora de saboreá-lo, você pode escolher o acompanhamento que mais te agrada, como geleia ou manteiga, ou optar por um jeito mais parecido com o lituano que, segundo Sandra, consiste em acompanhar o pão preto com sardinha curtida.
BAR DO VITO
Para quem quiser entender um pouco mais da vida na comunidade da Vila Zelina, uma passada no bar do Vito é obrigatória. O lugar foi fundado por Vytautas Tijunelis em 1949 e era o ponto de encontro para falar da pátria, tocar, cantar, bater papo e beber uma cerveja. Hoje sob o comando de Aurélio Grigonis, neto de lituanos, ainda recebe os descendentes com os mesmos móveis e referências à Lituânia, além de um cardápio com sabores típicos como sardinhas curtidas, pepino azedo, geleia de carne de porco e de vaca e cervejas lituanas.
A festa --A programação de aniversário da Vila Zelina começou no dia 16 com palestras e atividades físicas . No dia 29, uma noite de gala com o Ballet Bolshoi da Escola Bolshoi do Brasil no Colégio Franciscano São Miguel Arcanjo, a partir das 19h.
No dia 30,último dia da festa, houve apresentações musicais, shows de danças folclóricas, corais, barracas de comidas típicas e artesanato das comunidades de imigrantes do leste europeu, além de uma apresentação gratuita do Balé Bolshoi. Essa festa aconteceu das 10h às 21h, na Rua Tobaiaras. Onde ir
Para degustar o pão preto – A Praça Paes e Doces – Praça República Lituana, 27. Tel.: 2341-6660
Pratos típicos – Delícias Mil Rotisserie – Rua Monsenhor Pio Ragazinkas, 17. Tel.: 2341-3371
Petiscos e cervejas – Bar do Vito – Avenida Zelina, 851. Tel.: 2341-6994</ <>
Pratos típicos – Delícias Mil Rotisserie – Rua Monsenhor Pio Ragazinkas, 17. Tel.: 2341-3371
Petiscos e cervejas – Bar do Vito – Avenida Zelina, 851. Tel.: 2341-6994</ <>
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